quarta-feira, 26 de março de 2008

Vício em internet é comentado por especialista


O psiquiatra americano Dr. Jerald Block, especialista da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, em Portland, divulgou um novo estudo a respeito do vício em internet na respeitada publicação American Journal of Psychiatry.


Nele, Block alerta para alguns dos sintomas do vício, que incluem uso excessivo da rede, freqüentemente associado a perda de noção do tempo; sentimento de raiva, tensão ou depressão quando não existe um computador por perto; necessidade de melhores máquinas, mais softwares e mais horas de uso e ainda outras repercussões negativas, como brigas, mentiras, fadiga e isolamento social.

Segundo o site The Guardian, a Coréia do Sul é um dos locais onde o problema é maior, já que é o maior mercado banda larga do mundo. Ao menos dez jovens já morreram por usar a internet por longos períodos em cibercafés, colocando o vício em internet como um dos problemas mais sérios de saúde pública do país.

Acredita-se também que cerca de 210 mil crianças sul coreanas precisem de tratamento, sendo que destas 80% precisariam de medicamentos e 25% deveriam ser internadas. O problema pode ser pior, com a descoberta de que 1,2 milhão de adolescentes estão em risco de vício após o resultado de pesquisas que indicam que jogadores passam em média 23 horas por semana em mundos virtuais.

O problema, contudo, não está apenas na Coréia: autoridades chinesas estimam que 13,7% de todos os seus jovens internautas, um número que chega a 10 milhões de pessoas, podem ser consideradas viciadas. Nos Estados Unidos, as estimativas são mais complicadas de realizar, já que a maior parte dos usuários utilizam conexões domésticas, e não cibercafés.

Block alertou para o fato de que o vício em internet é resistente a tratamento, mas esclareceu que este não está ligado a um serviço ou site específico. "O relacionamento é com o computador", explicou acrescentando que após ganhar importância, o computador troca experiências que poderiam ser reais por virtuais e, quando tirados dos usuários viciados, pode levar a depressão ou a raiva.

Como resposta a este tipo de problema relativamente novo, clínicas que tratam destes vícios começaram a surgir, bem como grupos de apoio. Robert Freedman, editor do American Journal of Psychiatry explica que as expressões do vício podem ser diversificadas. Enquanto na Coréia o problema parece ser relacionado a jogos, na América são as redes sociais. "Pornografia, jogo, aposta, chat com os amigos. Isto tudo existia antes, mas agora está muito mais fácil", comentou.

Freedman aposta que para resolver o vício, a resposta pode ser simples: substituir grupos online por reais, e começar a freqüentar grupos de apoio. No Brasil, universidades como a PUC e a Unifesp oferecem atendimento gratuito para viciados em internet.

(Magnet) Qua, 26 Mar - 09h56 - Por Rodrigo Martin de Macedo

notícia retirada do link: yahoo

2 comentários:

#ProfVanessaNogueira disse...

Semíramis....

Nossa realidade não é um conto de fadas mesmo....
e o processo é lento... muito lento... mesmo com as tecnologias... ainda teremos por muito uma desigualdade social que não favorece o acesso de todos...

Um abração,
vanessa
http://ciberespaconaescola.blogspot.com/

Anônimo disse...

Il semble que vous soyez un expert dans ce domaine, vos remarques sont tres interessantes, merci.

- Daniel